CHUVAS
Robinson Tuon
Depois de te amar volto a mim.
Reviro meu olhar,
Vagarosamente. Até a vidraça embaçada.
Respirando em êxtase, ainda.
Reviro meu olhar,
Vagarosamente. Até a vidraça embaçada.
Respirando em êxtase, ainda.
Nuvens cinza penduram-se
do céu sombrio e escuro.
De lá cospem raios e gritam
trovões perdidos, extremos.
Águas deslizam em fluxos, sonoras.
Granizos derretem-se na queda.
Gelados e intrépidos, despencam.
A fúria dos céus se faz tormenta.
Aqui neste quarto sem tempo,
no calor de brancos lençóis,
dentro de mim, um eu extasiado.
A alegria explode. Gozoza.
Numa enxurrada sem fim.
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